quinta-feira, abril 08, 2004

Depois...

Depois da cinza morta destes dias, quando o vazio branco destas noites se gastar, quando a névoa deste instante sem forma, sem caminhos, se dissolver, cumprindo o seu tormento, a terra emergirá pura do mar de lágrimas sem fim onde me invento.

Sophia de Mello Breyner