hortus deliciarum
Jardim de Delícias, título de uma enciclopédia do século XII da autoria de Herrad de Hohenburg (também conhecida por Herrad de Landsberg). Jardim de Delícias. Jardim de Contemplação. Jardim de Instrospecção. Jardim de Reflexão. Jardim de Comunhão...
quinta-feira, agosto 14, 2008
quinta-feira, julho 05, 2007
A Moral Teológica do Demónio
O demónio tem todo um sistema teológico e filosófico que sugere, a quem quiser ouvi-lo, que todas as coisas criadas são más, que todos os homens são maus, que Deus criou o mal e, portanto, quer que a humanidade sofra o mal. Segundo o demónio, Deus alegra-Se com o sofrimento dos homens e, na realidade, todo o universo está cheio de miséria, porque Deus assim o quis e concebeu.
(...)
Na realidade, ao criar o mundo, Deus já sabia claramente que o homem iria inevitavelmente pecar; era quase como que se o mundo fosse criado para que o homem pecasse e, assim, Deus teria a oportunidade de manifestar a sua justiça.
Deste modo, segundo o demónio, a primeira coisa criada foi relamente o inferno - como se tudo o mais existisse, em certo sentido, por causa do inferno. Por conseguinte, a vida religiosa dos "fiéis" a esta teologia consiste sobretudo numa obsessão pelo mal. Como se já não houvesse suficientes males neste mundo, multiplicam proibições e fazem novas regras, rodeando tudo de espinhos, de tal maneira que ninguém pode fugir ao mal e ao castigo. Gotariam de ver correr sangue de manhã à noite, embora com todo esse sangue não possa haver remissão do pecado! A Cruz, então, já não é sinal de misericórdia (porque a misericórdia não tem lugar em semelhante teologia), mas sinal de que a Lei e a Justiça triunfaram por completo, como se Cristo dissesse: "Eu não vim destruir a Lei, mas ser destruído por ela". Porque, para o demónio, é a única maneira da Lei poder real e plenamente ser "cumprida".
O pleno cumprimento da Lei não é o amor mas o castigo. A Lei deve absorver tudo, Deus inclusive. (...)
A teologia do demónio é para aqueles que, por qualquer razão, ou porque são perfeitos, ou por terem chegado a um entendimento com a Lei, já não precisam de misericórdia. Deus está "contente" com eles (mas que triste alegria!). O demónio também. Conseguiu plenamente agradar a todos!
As pessoas que ouvem semelhantes teorias, as bebem e se alegram com elas, começam a ficar com a ideia de que a vida espiritual é uma espécie de hipnose provocada pelo mal. Os conceitos de pecado, sofrimento, condenação, castigo, justiça de Deus, retribuição, fim do mundo, etc., são coisas que gostam de mencional com indizível prazer. Talvez porque experimentam uma profunda satisfação inconsciente ao pensar que muitas outras pessoas caem no inferno ao qual elas irão escapar. E como é que sabem que irão escapar? Não sabem dar uma razão precisa, excepto porque sentem uma certa impressão de alívio ao pensarem que esse castigo está reservado praticamente a toda a gente menos a elas.
Esse sentimento de complacência é o que elas denominam "fé" e constitui uma espécie de convicção de ser "salvas".
(...)
O demónio não tem medo de pregar a vontade de Deus, dada a sua peculiar maneira de fazê-lo.
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Na realidade, ao criar o mundo, Deus já sabia claramente que o homem iria inevitavelmente pecar; era quase como que se o mundo fosse criado para que o homem pecasse e, assim, Deus teria a oportunidade de manifestar a sua justiça.
Deste modo, segundo o demónio, a primeira coisa criada foi relamente o inferno - como se tudo o mais existisse, em certo sentido, por causa do inferno. Por conseguinte, a vida religiosa dos "fiéis" a esta teologia consiste sobretudo numa obsessão pelo mal. Como se já não houvesse suficientes males neste mundo, multiplicam proibições e fazem novas regras, rodeando tudo de espinhos, de tal maneira que ninguém pode fugir ao mal e ao castigo. Gotariam de ver correr sangue de manhã à noite, embora com todo esse sangue não possa haver remissão do pecado! A Cruz, então, já não é sinal de misericórdia (porque a misericórdia não tem lugar em semelhante teologia), mas sinal de que a Lei e a Justiça triunfaram por completo, como se Cristo dissesse: "Eu não vim destruir a Lei, mas ser destruído por ela". Porque, para o demónio, é a única maneira da Lei poder real e plenamente ser "cumprida".
O pleno cumprimento da Lei não é o amor mas o castigo. A Lei deve absorver tudo, Deus inclusive. (...)
A teologia do demónio é para aqueles que, por qualquer razão, ou porque são perfeitos, ou por terem chegado a um entendimento com a Lei, já não precisam de misericórdia. Deus está "contente" com eles (mas que triste alegria!). O demónio também. Conseguiu plenamente agradar a todos!
As pessoas que ouvem semelhantes teorias, as bebem e se alegram com elas, começam a ficar com a ideia de que a vida espiritual é uma espécie de hipnose provocada pelo mal. Os conceitos de pecado, sofrimento, condenação, castigo, justiça de Deus, retribuição, fim do mundo, etc., são coisas que gostam de mencional com indizível prazer. Talvez porque experimentam uma profunda satisfação inconsciente ao pensar que muitas outras pessoas caem no inferno ao qual elas irão escapar. E como é que sabem que irão escapar? Não sabem dar uma razão precisa, excepto porque sentem uma certa impressão de alívio ao pensarem que esse castigo está reservado praticamente a toda a gente menos a elas.
Esse sentimento de complacência é o que elas denominam "fé" e constitui uma espécie de convicção de ser "salvas".
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O demónio não tem medo de pregar a vontade de Deus, dada a sua peculiar maneira de fazê-lo.
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Thomas Merton, Novas Sementes de Contemplação, Editorial Franciscana
Links para:
Programa do Markl, episódio Adelino de Sousa - O Arrebatamento da Igreja
O original
É claro que este é o exemplo pateta... Mas sempre nos podemos rir a propósito, não? E lá que é peculiar... Lá isso...
Programa do Markl, episódio Adelino de Sousa - O Arrebatamento da Igreja
O original
É claro que este é o exemplo pateta... Mas sempre nos podemos rir a propósito, não? E lá que é peculiar... Lá isso...
quinta-feira, junho 21, 2007
Giovanni Battista Tiepolo, Apoteose de S. Luís Gonzaga, The Courtauld Institute Gallery
São Luís de Gonzaga, S.J., (Mântua, 9 de março de 1568 — Roma, 21 de junho de 1591) foi um religioso italiano e santo da Igreja Católica.
Filho de Ferrante Gonzaga, marquês de Castiglione e irmão do Duque de Mântua, príncipe do Sacro Império, sendo herdeiro do feudo soberano de Castiglione; seu pai gostaria que seu primogênito, seguisse seus passos de soldado e comandante no exército imperial.
Com apenas 5 anos de idade já marchava atrás do exército do pai, aprendendo o uso das armas com os rudes soldados. Recebeu educação esmerada e uma forte educação cristã por parte de mãe, freqüentou os ambientes mais sofisticados da alta nobreza italiana.
Mas aquele menino daria fama à família Gonzaga com armas totalmente diferentes e quando foi enviado a Florença na qualidade de pajem do grão-duque da Toscana, aos dez anos de idade.
Luís imprimiu em sua própria vida uma direção bem definida, voltando-se à perpétua virgindade. Em sua viagem para a Espanha, onde ficou alguns anos como pajem do Infante Don Diego, filho de Filipe II, serviu-lhe para estudo da filosofia na universidade de Alcalá de Henares e a leitura de livros devotos. Após ter recebido a primeira comunhão das mãos de São Carlos Borromeu, decidiu para surpresa de todos, pela vida religiosa, entrando para a Companhia de Jesus, derrubando por terra os interesses nele depositados pelo seu pai.
Luís tornou-se o modelo da pureza para todos os jovens, mesmo em meio às vaidades e tentações do seu tempo. Ele teve uma grande provação por parte do seu pai, que ao saber que desejava ser sacerdote, não só o desaconselhou, mas passou a levá-lo em festas mundanas, até que perguntou a Luís: "Ainda segue desejando ser sacerdote?" "É isto que penso noite e dia", respondeu o jovem e perseverante santo.
Renunciou ao título e à herança paternas e aos catorze anos entrou no noviciado romano da Companhia de Jesus, sob a direção de São Roberto Belarmino, esquecendo totalmente sua origem de nobreza, escolheu para si as incumbências mais humildes.
São Luís Gonzaga escreveu: "Também os príncipes são pó como os pobres: talvez, cinzas mais fedidas".
Algo também que marcava a espiritualidade de Luís era a pergunta que fazia a si mesmo diante de algo importante a fazer: "De que serve isto para a Eternidade?"
São Luís Gonzaga teve de ir para Roma no ano de 1590 por motivos de estudo, mas ao deparar-se com as vítimas do contagioso tifo, compadeceu-se dos que sofriam e seu envolvimento foi tanto ao ponto de pegar a doença e morrer no dia 21 de junho de 1591 (data esta que hoje se comemora o seu dia) com apenas 23 anos, em nome da caridade e pureza.
São Luís Gonzaga é considerado "Patrono da Juventude", e seu corpo repousa na Igreja de Santo Inácio, em Roma.
Oração a São Luís Gonzaga:
Ó Luís Santo, adornado de angélicos costumes, eu, vosso indigníssimo devoto, vos recomendo singularmente a castidade da minha alma e do meu corpo. Rogo-vos por vossa angélica pureza, que intercedais por mim ante ao Cordeiro Imaculado, Cristo Jesus e sua santíssima Mãe, a Virgens das virgens, e me preserveis de todo o pecado. Não permitais que eu seja manchado com a mínima nódoa de impureza; mas quando me virdes em tentação ou perigo de pecar, afastai do meu coração todos os pensamentos e afetos impuros e, despertando em mim a lembrança da eternidade e de Jesus crucificado, imprime profundamente no meu coração o sentimento do santo temor de Deus e inflamai-me no amor divino, para que, imitando-vos cá na terra, mereça gozar a Deus convosco lá no céu. Amén .
Retirado de Wikipédia.
terça-feira, junho 19, 2007
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