terça-feira, julho 25, 2006

Pergunta


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Bible Moralisée, c.1250

É então que Tu abres uma enorme janela só para eu Te vislumbrar, ainda que às apalpadelas na minha tremenda cegueira e surdez, e dá-me ganas de rir e chorar tudo no mesmo instante porque mais nada na vida importa, só Tu. Só Tu. Obrigada pelo milagre da minha existência e desculpa-me os tropeções. Eu prometo aprender. Eu prometo.

Deixar

Deixar, ceder,
Ser como a brisa
Doce e penetrante -

Ser como uma ária assobiada.

Não marteles o ar à tua volta.
Não tens de gritar para que te ouçam.
E o que derrete o meu coração em riso
Poderia derreter o teu, se deixasses.

E onde parece não haver caminho, o caminho aparece
Quando ambos concordam:
"Estamos perdidos - o que havemos de fazer?"

Olha então, o caminho respira

como o restolhar das folhas no silêncio

E dás por ti no Jardim

onde pertences...

I Ching - O Livro das Mutações; M. Palmer, J. Ramsay, Z. Xiaomin; Editora Civilização

segunda-feira, julho 24, 2006

A Fé (Tomo III)

(...) Esse movimento da fé de incontáveis desconhecidos através dos séculos, que nortearam as suas vidas à luz dos valores, dos critérios e das atitudes do homem de Nazaré, que aprenderam com ele que eram bem-aventurados os pobres à face de Deus, os que não recorrem a nenhuma violência, os que têm fome e sede de justiça, que são misericordiosos, fazedores de paz e perseguidos pela justiça; os que aprenderam com ele o respeito e a partilha, o perdão e o arrependimento, a indulgência e a benevolência. Ainda hoje mostram que, a partir do momento em que o cristianismo se inspira realmente no seu Cristo e bebe nele a sua força, pode oferecer uma pátria espiritual onde os crentes se sentem em casa, uma morada da esperança e do amor. Não cessam de mostrar, no quotidinao das suas vidas no mundo, que é possível viver valores superiores, normas incondicionais, motivações profundas e ideais preeminentes. Mostram que a profundidade da sua fé em Cristo lhes permite igualmente superar o sofrimento e a culpabilidade, o desespero e a angústia. Não, a fé me Cristo não se reduz à promessa consoladora de um além; ela conduz também a protestar e a opor-se às condições injustas aqui e agora, nutrida e encorajada como é por uma nostalgia indissipável do «absolutamente outro». (...)

O Cristianismo - Essência e História, Hans Küng
A Fé (Tomo II)

(...) Sustentado pela graça divina, o homem responde a Deus com a obediência da fé, que consiste em confiar-se completamente a Deus e acolher a sua Verdade, enquanto garantida por Ele que é própria Verdade. (...) Significa aderir ao próprio Deus, entregando-se a Ele e dando assentimento a todas as verdades por Ele reveladas, porque Deus é a verdade. Significa crer num só Deus em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. (...) A Fé, dom gratuito de Deus e acessível a quantos a pedem humildemente, é uma virtude sobrenatural necessária para a salvação. O acto de fé é um acto humano, isto é, um acto da inteligência do homem que, sob decisão da vontade movida por Deus, dá livremente o seu assentimento à verdade divina. Além disso, a fé é certa porque fundada sobre a Palavra de Deus; é operante «por meio da caridade» (Gal 5,6); é em contínuo crescimento, graças, em especial, à escuta da Palavra de Deus e à oração. Ela faz-nos saborear, de antemão, a alegria celeste.

Catecismo da Igreja Católica - Compêndio
A Fé (Tomo I)

(...) A essência do quinto chackra é a fé. Ter fé em alguém empenha uma parte da nossa energia nessa pessoa; ter fé numa ideia empenha uma parte da nossa energia nessa ideia; ter fé num temor empenha uma parte da nossa energia nesse temor. Em resultado dos nossos empenhamentos energéticos, nós - as nossas mentes, corações e vidas - interligamo-nos às respectivas consequências. A nossa fé e o nosso poder de escolha são, de facto, o próprio poder da criação. Nós somos os recipientes através dos quais a energia se transforma em matéria nesta vida.

Portanto, o teste espiritual inerente a todas as nossas vidas é o desafio de descobrir o que nos motiva a fazer as escolhas que fazemos, e se temos fé nos nossos medos ou no Divino. Todos precisamos de abordar estas questões como matéria de pensamento espiritual ou em resultado de doença física. Todos nós chegamos a um momento em que perguntamos, Quem comanda a minha vida? Por que é que as coisas não correm como eu quero? Por muito bem sucedidos que sejamos, a determinada altura teremos consciência de nos sentirmos incompletos. Um acontecimento, relação ou doença não planeados demonstrar-nos-ão que o nosso poder pessoal é limitado. Devemos questionar-nos se existe alguma outra "força" em acção nas nossas vidas e perguntar, Porque está isto a acontecer? O que querem de mim? O que se espera que eu faça? Qual é o meu propósito? (...)


Anatomia do Espírito, Caroline Myss

sábado, julho 22, 2006

Leituras de Verão

1. Anatomia do Espírito - Caroline Myss; Sinais de Fogo (Colecção Outro Olhar); 2004

2. O Príncipe e a Lavadeira - Nuno Tovar de Lemos, s.j.; Tenacitas; 2005

3. A Nuvem do Não-Saber - Anónimo (Séc. XIV); Assírio & Alvim (Coleccção Teofanias); 2006

O drama de não nos contentarmos com uma única leitura é endemoinharmo-nos no mínimo por três... Nem a cabeça nem o coração têm paz até à última linha, numa corrida contra o tempo. Mas são palavras e palavras e palavras que trarei cá dentro até se organizarem no sentido último que é o meu. Leituras de remoer uma vida inteira.